Os “Doutores do Coração”, projeto idealizado pelo Grupo de Trabalho Humanizado da Santa Casa de Misericórdia de Penápolis, tem por intuito a realização de trabalhos voluntários com pacientes, levando a diversão e sempre buscando minimizar os traumas e desconfortos da internação.
“Diante da necessidade de trabalhar a humanização dentro do ambiente hospitalar, transformar a etapa da internação menos angustiante e mais acolhedora, os ‘Doutores do Coração’ serão capazes de resgatar a infância através do tratamento simples de injeções de alegria e receitando apenas um remédio: o sorriso”, comentou o responsável pelo projeto “Doutores do Coração”, Ricardo Muraroto.
Novas vagas para capacitação estão previstas para o começo do segundo semestre, e os interessados devem entrar em contato com Núcleo de Humanização da Santa Casa de Misericórdia de Penápolis.
"Doutores do Coração" da Santa Casa de Misericórdia de Penápolis
Rafael Rodrigues - Como surgiu a ideia de implantar os "Doutores do Coração" na Santa Casa de Misericórdia de Penápolis?
Ricardo Muraroto - A idéia surgiu dentre outras propostas do Grupo de Trabalho Humanizado da Santa Casa de Penápolis em tornar o ambiente hospitalar mais humanizado e de quebrar a rotina hospitalar, muitas vezes angustiante para os pacientes e para os profissionais do hospital.
Qual o intuito da realização do trabalho voluntário "Doutores do Coração"?
Ricardo Muraroto - Diante da necessidade de trabalhar a humanização dentro do ambiente hospitalar e transformar a etapa da internação menos angustiante e mais acolhedora, os ‘Doutores do Coração’ são capazes de resgatar a infância através do tratamento simples de injeções de alegria e receitando apenas um remédio: o sorriso. Estudos comprovam que trabalhar os aspectos infantis das crianças hospitalizadas, reduz o tempo de internação, contribuindo para a melhor recuperação do paciente. Sabemos que o hospital é um ambiente onde a doença está presente, mas não é por conta disso que deve ser um lugar onde apenas vamos tratar a doença, mas sim o paciente como um todo. Não é contra indicado em nenhum momento a alegria, esperança e sorrisos.Como são feitas as "apresentações" no hospital?
A nossa equipe, antes de entrar nos quartos, verifica o nome de cada paciente e os leitos que não tem indicações para entrarmos. Ao chegar à porta do quarto do paciente sempre pedimos a permissão para entrar, ficando ele a vontade para dizer sim ou não. A partir de então vamos conversando e sentindo o momento do paciente. Muitas vezes é ele mesmo que nos indica o que fazer: ou cantar uma música, contar uma história. Geralmente é tudo improvisado de acordo com a conversa que temos com o paciente. Outras vezes só entramos no quarto falamos um ‘oi’ e saímos.
Os "doutores" durante a visita hospitalar
Como os pacientes reagem?
Como é feita a capacitação para se tornar um "doutor do coração"?
Quem pode e como participar?
Depoimento de uma “doutora do coração”
“Ser uma ‘Doutora do Coração’ é mais do que colocar um nariz vermelho e fazer graça no hospital. É trazer um pouco mais de humanidade, afeto e uma boa dose de alegria para aqueles que sofrem no leito.
Voluntária Thaísa Martines
Dra. Thata Banana – Doutora do Coração
Especialista em Cardiobesteirologia
Thaísa Fernanda Maciel Martines
Jornalista da Prefeitura Municipal de Penápolis
Pós graduada em Comunicação Empresarial
*Rafael Rodrigues, Penapolense, 18 anos, estudante do curso de: Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo (com informações do http://ofeverything8.blogspot.com/ )
Os "doutores" durante a visita hospitalar
Como os pacientes reagem?
As reações são diversas. Muitos nos recebem muito bem pois só pelo fato de darmos atenção, o paciente já fica satisfeito. Uns cantam junto e brincam, Outros nem tanto. Mesmo assim não desistimos, o que torna a visita mais interessante porque no final, tudo vira festa e nem parece que estamos dentro de um hospital e a doença acaba sendo esquecida por alguns minutos.
Como é feita a capacitação para se tornar um "doutor do coração"?
A capacitação é realizada com estudo de textos, vídeos sobre o trabalho de outros palhaços de hospital, dentre outros exercícios teóricos. Nos baseamos, principalmente, na criação de um personagem com exercícios e jogos teatrais para estimular a criatividade. No final do processo, os futuros doutores passam um período no hospital para se adaptarem ao ambiente. A partir daí são montadas cenas, ensaiadas músicas que serão apresentadas aos pacientes, e assim se inicia os plantões.
Quem pode e como participar?
Qualquer um que seja feliz e goste de pessoas. Não é necessário ser engraçado ou fazer piadas. Portanto basta interesse e responsabilidade, porque parece brincadeira mas não é! As pessoas com essas características bastam entrar em contato com o Núcleo de Humanização da Santa Casa de Misericórdia de Penápolis através do telefone (18) 3654-2210, falar com Ricardo ou com o Lucas.
Depoimento de uma “doutora do coração”
“Ser uma ‘Doutora do Coração’ é mais do que colocar um nariz vermelho e fazer graça no hospital. É trazer um pouco mais de humanidade, afeto e uma boa dose de alegria para aqueles que sofrem no leito.
Brincamos com os pacientes, seus acompanhantes, com os médicos e enfermeiros nos corredores, com os funcionários da limpeza... Ninguém passa imune à nossa injeção de risadaria, o remédio mais eficaz para a saúde: o sorriso.
Voluntária Thaísa Martines
Paradoxalmente, a visita que mais me marcou como doutora, não teve uma ‘grama’ sequer de sorrisos, mas sim alguns mililitros de lágrimas maternais. Sua filha de alguns meses dormia em um leito da pediatria com muita febre – pneumonia. Os Doutores do Coração entraram no quarto, começaram a cantar bem baixinho uma música de ninar como se tivessem o poder de transportar aquela criança para o mundo dos Contos de Fadas. Sua mãe, envolvida pelas boas energias do momento, começou a chorar. Foi um choro de desabafo, de agradecimento, de esperança. A menina saiu do hospital em poucos dias”.
Dra. Thata Banana – Doutora do Coração
Especialista em Cardiobesteirologia
Thaísa Fernanda Maciel Martines
Jornalista da Prefeitura Municipal de Penápolis
Pós graduada em Comunicação Empresarial
*Rafael Rodrigues, Penapolense, 18 anos, estudante do curso de: Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo (com informações do http://ofeverything8.blogspot.com/ )
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