Santa Casa de Buritama alerta sobre a doação de órgãos
A fila é
sinônimo de transtorno, perca de tempo e stress. Ninguém admite esperar por
mais de 15 minutos, seja em uma agência bancária ou para ser atendido nos
estabelecimentos comercias. Imagine para as 70 mil pessoas que esperam por um
transplante. Em torno de 42 mil pacientes aguardam por órgãos sólidos, quase 26
mil por córnea e cerca de três mil por medula óssea. Por mês, morre
aproximadamente 260 pessoas a espera de um transplante.
Para ser
doador não é necessário deixar nada por escrito em nenhum documento. Basta
comunicar sua família do desejo da doação. A retirada dos órgãos somente se
efetiva após autorização da família, conforme a lei 10.211, de março de 2001,
em caso de doadores falecidos.
“A atitude
mais importante é dizer para a família e para os amigos que somos doadores,
pois, pela legislação atual, todos nós somos doadores, desde que a família autorize
a retirada dos órgãos. Por isso, é muito importante que os amigos e os
familiares saibam da sua opção de doar. Use um símbolo que indique claramente
esta opção em seu documento de identidade”, explica a enfermeira e
representante do Adote de São Paulo, Carla Fernanda Francisco.
Sua contribuição pode ser pequena, mas pode salvar vidas; seja um doador de órgãos
Em
caso de doação em vida, o doador pode diminuir sua imunidade, porém, o médico
avaliará sua história clínica e as doenças anteriores. “A compatibilidade
sanguínea é primordial em todos os casos. Há também testes especiais para
selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso. A maioria dos
transplantes são realizados em doadores com morte encefálica ou parada cardíaca”,
disse.
O
primeiro requisito para ser doador em vida é preciso estar saudável. É possível
doar um dos rins, parte do fígado e pulmão, além da medula óssea. A lei prevê
que a doação pode ser feita por parentes até o 4º grau.
“Se não houver vínculo familiar, a retirada de parte dos órgãos citados
só poderá ser feita após autorização da justiça. A doação em vida só deve ser
feita com órgãos duplos e partes de órgãos cuja retirada não impeça o doador de
levar uma vida normal, sem o comprometimento de suas funções”, ao afirmar que
após a doação, o doador vivo recebe acompanhamento médico.
De acordo com a enfermeira, os órgãos mais doados são rins, fígados e
córneas. Entre os menos doados constam coração, pulmões e pâncreas, devido às
restrições técnicas relacionadas aos doadores como idade, obesidade, entre
outras.
* Ilustração da
matéria foi cedida pela enfermeira Carla Fernanda Francisco, do Adote São Paulo.
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